Dizem que temos de ter escapes. Algo que nos tire da nossa rotina diaria, algo que nos acorde deste sono profundo ao qual chamamos vida.
Dizem que temos de canalizar a nossa furia em algo produtivo, em algo constructivo, em algo libertador.
Eu tentei fazer isso. Eu tentei ser como todos os outros, eu tentei ser normal como o vizinho do lado, como o homem que vive ao fundo da rua, como a mulher em frente ao metro. Mas isso nao sou eu. Eu nao sou normal.
O facto de nos rodearmos de pessoas nao nos faz sentir mais ligados a elas, alias faz-nos sentir mais distantes, mais isolados, diferentes de toda a gente. Quando o mundo nao partilha o nosso ponto de vista, nos nao conseguimos partilhar a nossa vida com ele.
Foi por isso que desisti de faze-lo. Foi por isso que desisti de ser normal. Penso que a decisao de me tornar diferente foi a decisao mais igual que podia ter tomado. Todas as pessoas decidiram ser diferentes de mim, todos tornaram-se iguais a si proprios e no meio, resto eu, sozinho, a espera.
Sinto-me confinado a um espaco muito pequeno neste mundo, um espaco que poucos partilham, um espaco ao qual muitos se recusariam a entrar. Eu habito aparte do resto. Eu sou diferente, nao sou melhor, sou especial, e nao um tipo bom de especial, mas um tipo mau. Sou tudo aquilo que o resto tem medo de ser. Sou o lado negro de toda a gente, todos os seus medos e receios.
O mundo precisa de balanco, e eu estou aqui para o provenciar, eu sou juiz, juri e carrasco. Estou aqui para tomar as decisoes pelo resto. Sou tudo o que mais desejam e o que mais temem. Sou a consciencia humana desprovida de culpa, rancor, medo. Sou o que resta da humanidade, sou o maior dos homens e o menor dos humanos.
Nao tenho alma mas tenho espirito, nao co-habito com voces mas vivo em voces, sou o vosso contrario e o vosso igual. Nao existo para o bem mas existo para o mal. Nao sou o futuro, nem quero se-lo. Mas sou algo que vos toca e vos causa. Sou o que voces sentem quando estao contentes e quando estao infelizes.
Os meus maiores professores foram aqueles que me influenciaram para o bem o para o mal. Eu sou o produto do vosso feito. Todas as vossas accoes criaram-me, os vossos medos deram-me forca, a vossa rendicao deu-me vontade de viver.
Sou tudo aquilo que voces nunca vao ser. Sou tudo o que vai restar depois de desaparecerem. Sou o vosso maior sonho e o vosso pior pesadelo. Sou quem voces querem ser, quem voces gostariam de ter forca para ser. Ja fui a vossa fantasia, agora sou a vossa desilusao. Sou todos os sonhos perdidos que voces tiveram.
Se me perguntarem, posso dizer que sou a unica razao que vos impede de desaparecer, sou quem vos permite viver e quem decide qual de voces vai morrer. Este e um mundo abandonado de emocao humana e embora eu valorize a falta de emocao, tenho de condena-la porque nao ha mais ninguem a faze-lo. O dia do julgamento vem ai e voces vao estar todos no outro lado, no lado errado. E eu vou estar ca, a observar, a espera, de colocar tudo, e todos, no seu devido lugar.
Dizem que temos de canalizar a nossa furia em algo produtivo, em algo constructivo, em algo libertador.
Eu tentei fazer isso. Eu tentei ser como todos os outros, eu tentei ser normal como o vizinho do lado, como o homem que vive ao fundo da rua, como a mulher em frente ao metro. Mas isso nao sou eu. Eu nao sou normal.
O facto de nos rodearmos de pessoas nao nos faz sentir mais ligados a elas, alias faz-nos sentir mais distantes, mais isolados, diferentes de toda a gente. Quando o mundo nao partilha o nosso ponto de vista, nos nao conseguimos partilhar a nossa vida com ele.
Foi por isso que desisti de faze-lo. Foi por isso que desisti de ser normal. Penso que a decisao de me tornar diferente foi a decisao mais igual que podia ter tomado. Todas as pessoas decidiram ser diferentes de mim, todos tornaram-se iguais a si proprios e no meio, resto eu, sozinho, a espera.
Sinto-me confinado a um espaco muito pequeno neste mundo, um espaco que poucos partilham, um espaco ao qual muitos se recusariam a entrar. Eu habito aparte do resto. Eu sou diferente, nao sou melhor, sou especial, e nao um tipo bom de especial, mas um tipo mau. Sou tudo aquilo que o resto tem medo de ser. Sou o lado negro de toda a gente, todos os seus medos e receios.
O mundo precisa de balanco, e eu estou aqui para o provenciar, eu sou juiz, juri e carrasco. Estou aqui para tomar as decisoes pelo resto. Sou tudo o que mais desejam e o que mais temem. Sou a consciencia humana desprovida de culpa, rancor, medo. Sou o que resta da humanidade, sou o maior dos homens e o menor dos humanos.
Nao tenho alma mas tenho espirito, nao co-habito com voces mas vivo em voces, sou o vosso contrario e o vosso igual. Nao existo para o bem mas existo para o mal. Nao sou o futuro, nem quero se-lo. Mas sou algo que vos toca e vos causa. Sou o que voces sentem quando estao contentes e quando estao infelizes.
Os meus maiores professores foram aqueles que me influenciaram para o bem o para o mal. Eu sou o produto do vosso feito. Todas as vossas accoes criaram-me, os vossos medos deram-me forca, a vossa rendicao deu-me vontade de viver.
Sou tudo aquilo que voces nunca vao ser. Sou tudo o que vai restar depois de desaparecerem. Sou o vosso maior sonho e o vosso pior pesadelo. Sou quem voces querem ser, quem voces gostariam de ter forca para ser. Ja fui a vossa fantasia, agora sou a vossa desilusao. Sou todos os sonhos perdidos que voces tiveram.
Se me perguntarem, posso dizer que sou a unica razao que vos impede de desaparecer, sou quem vos permite viver e quem decide qual de voces vai morrer. Este e um mundo abandonado de emocao humana e embora eu valorize a falta de emocao, tenho de condena-la porque nao ha mais ninguem a faze-lo. O dia do julgamento vem ai e voces vao estar todos no outro lado, no lado errado. E eu vou estar ca, a observar, a espera, de colocar tudo, e todos, no seu devido lugar.
1 comments:
parecia que tinha entrado no meu velho blog. que coisa negra. gostei mt, claro está. os meus mais sinceros parabéns.
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